Por Nego Júnior
Não à restrição de cotas nas universidades paulistas!
Não ao genocídio da juventude negra!
Não à redução da maioridade penal!
Não à lei de terceirizações!
Do Largo da Batata até a porta da maior universidade brasileira, a USP, instituição essa que colabora negativamente com um dos pontos levantados no ato, as cotas raciais em universidades. Entoados por gritos como:
“Não, não, não à exclusão. Contra o genocídio e a terceirização!”
“Ela é injusta, ela é racista, ela mata, ela é a polícia! É militar, GCM ou Civil, recebe ordem do estado pra matar com o fuzil.”
Vi e registrei imagens de militantes cansados de aceitar as coisas como elas estão. A ausência do Estado, sendo mais citada a esfera estadual, legitima o sofrimento das populações negras e menos assistidas pelo governo.
Muito além das cenas captadas, em minha memória surgem repetidas vezes a pronúncia da expressão “não”, uma negativa que diz respeito a algo por anos impostos pelo governo sobre o povo. Uma via de mão única a massacrar o povo negro, e quando vemos um carro na contramão, ele é exatamente esse ato registrado na última quarta-feira, 13 de maio.
Calixto Júnior (Nego Júnior) é formado em Design Digital pela Universidade de Santo Amaro, possui MBA em Gestão Empresarial pela FGV e é pós-graduado em Mídia, Informação e Cultura pelo Centro de Estudos Latino-Americanos sobre Cultura da USP. Trabalhou em diversas agências de publicidade como diretor de arte digital até ingressar em carreira solo. É fundador do projeto cultural Samba Rock Na Veia e integrante da equipe de comunicação da Kultafro, rede de empreendedores, artistas e produtores de cultura negra, onde já desenvolveu projetos dos mais variados como produtor cultural. Ao longo de sua carreira desenvolveu outra atividade da qual também se transformou em paixão, a fotografia, que já lhe rendeu publicações na imprensa, editoriais e exposições, sendo uma delas em Austin, na University of Texas, nos Estados Unidos.
Veja mais de seus trabalhos em http://www.calixtojunior.com.br/bio/